Teu olhos passam por mim com um trovão,
Como gato arisco que não quer ser visto.
Como um furacão.
Mas não tem jeito, te vejo.
Como um raio riscando o céu até o chão,
Deixas essa luz passeando no ar, bailando em minha mente.
Aumentando esse desejo de querer mais ...
Não poss revelar o que sinto.
Não posso dizer que quero seu sorriso trancado em minha malícia,
Para poder viver essa sensação platônica de lhe ter dentro de mim.
Pergunto me : Que faço agora ?
És uma estrela distante que não posso alcançar,
És um eco no escuro que procuro.
Quem me dera poder dirigir uma oração ao céu,
Oferecer me como sacrifício para poder ter um fragmento dessa luz,
Que provoca minhas carências mesmo quando não estás.
Como um fantasma,
Sondando meus desejos proibidos.
Sei que sabes o que sinto,
Sei que sentes o que penso.
Vejo isso no momento em que te encontro.
E cruzo com esse clarão cristalino, repentino.
Que me convida a Via Láctea,
Onde não posso ir.
Mas vou continuar a te ver passar,
Impregnar me com o seu cheiro,
Refrescar me na brisa do seu vento.
Sem ser visto ou descoberto.
Quero ficar assim a percorrer sua sombra,
Sentir a vibração da sua voz,
Mesmo sabendo que não passarão de devaneios,
Esses meus pecados incofessáveis.
Não posso desejá-lo, nem tê-lo,
Não posso ....
Ficarei apenas com a sensação
De sentir a tempestade de seus olhos,
Caind sobre mim como um vulcão adormecido,
E borrifando chispas de um amor,
Que eu mesmo criei .. pra poder ficar mais perto de você...
Copyright - Beniroberson Rodrigues
