Coringa

Estou diante de um inimigo sem rosto.

Um fora da lei que insiste em me enganar.

Terei eu a carta da manga?

O coringa que me possa salvar?

Desse jogo.

Serei a vitima vencida e desenganada,

De uma cena teatral depois de uma cortina aberta?

Estou tenso diante da platéia,

Que insiste em me ovacionar.

De repente sou surpreendido por mim mesmo ..

A olhar num espelho que ri sem parar.

Isso me causa certa excitação.

A força que atua do lado de cá,

É a mesma que vejo a me provocar maliciosamente.

Como posso lutar contra esse veneno doce que corre em minhas veias.

O vento passa por mim como um fantasma,

E um coringa salta de entre as cartas,

Estou sufocado por minhas vaidades.

Alto, eu ouço um grito malicioso.

Isso confunde minha cabeça,

Mas preciso estar em pé,

Antes que a cortina começe a cair....

Copyright - Beniroberson Rodrigues